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por Deborah Angelini 11 maio 2022 - 11 Min. de Leitura

O preço dos imóveis é sempre um bom indicativo da saúde financeira do país. Isso acontece porque ele é diretamente impactado pelas variações de taxa de juros, inflação, poder de compra populacional e outros fatores macroeconômicos. 

Também não é novidade para ninguém que o mercado imobiliário vem enfrentando oscilações expressivas de 2021 para cá. Tudo começou com a baixa de juros, impulsionada pela crise sanitária do covid-19, que fez com que a taxa Selic despencasse, alcançando a mínima histórica. 

Com isso, pudemos observar a valorização no mercado de imóveis e o fechamento de negócios ao longo de 2021

Pensando na importância dessa temática, principalmente para quem já comprou ou está pensando em comprar um imóvel, ao longo deste artigo vamos mostrar como a alta da inflação impacta o valor dos imóveis

Tem mais leitura por aqui: O que é amortização de financiamento imobiliário?

Como a inflação afeta o preço dos imóveis? 

A inflação é um parâmetro utilizado pelo Banco Central para medir o aumento no valor de bens e serviços. Isso inclui, sobretudo, os aluguéis, salários e até produtos como alimentos. Com ela, também conseguimos justificar a queda do poder de compra da população. 

No Brasil, o indicador oficial da inflação é o IPCA – Índice de Preços para o Consumidor Amplo. A taxa é medida todos os meses pelo IBGE nos principais polos econômicos do país. Ainda que não seja calculada em todos os estados e cidades, ela é válida a nível nacional.

Com a alta na inflação, pudemos observar um aumento em uma série de itens de consumo.

No preço dos imóveis é claro que não seria diferente. 

Para conter o aumento da inflação e “equilibrar as contas”, o Banco Central vem subindo a taxa Selic. Sendo assim, ela é considerada a principal “arma” da instituição financeira para enfrentar a alta da inflação

O que significa esse aumento? Justamente uma tentativa de controlar o IPCA, contendo a alta dos preços registrados ao longo deste período. 

Apesar dos esforços do Banco Central, no mercado imobiliário é certo afirmar que a atitude eleva o custo das operações de crédito, tais como financiamentos ou empréstimos. O resultado disso, direta ou indiretamente, é a alta no preço dos imóveis.

O que fazer nessa situação de alta inflação?

O titular de um financiamento imobiliário indexado ao IPCA está sentindo o peso dessa alta no bolso: ela reflete diretamente no preço dos imóveis. Isso acontece porque conforme a inflação sobe, o valor das parcelas segue essa mesma tendência. Veja a seguir como driblar esse período, tenha você já efetivado a compra do seu imóvel ou não. 

Tenha um planejamento 

Ao entrar em um financiamento imobiliário é interessante ter algumas coisas em mente.

Uma delas é que a alta da inflação, da Selic e de outras taxas podem sofrer diversas alterações ao longo do prazo do financiamento. Afinal, estamos falando de uma decisão de longo período, que muitas vezes pode durar 15, 20 ou até 30 anos.

Uma medida sempre indicada é conhecer o mercado e se organizar com base nisso.

As possíveis variações de taxas e preço dos imóveis também vão depender do tipo de financiamento escolhido, como tabela price, sistema de amortização constante ou crescente, etc. 

É exatamente nesse ponto que entra a importância do estudo de mercado, do planejamento e, principalmente, de simular diferentes tipos de financiamento para conhecer todas as opções disponíveis previamente. 

O que fazer quando o IPCA está alto? 

Uma medida interessante e efetiva pode ser a tentativa de associar o financiamento imobiliário à TR, a Taxa Referencial. 

Essa taxa, em resumo, é calculada pelo BC e baseada no faturamento líquido médio obtido pelo pagamento de CBDs. Em comparação à inflação, sua valorização foi mais baixa nos últimos anos, mesmo de 2021 para cá. 

No entanto, vale apontar que a tentativa de associar o financiamento à taxa não é permitida em todos os bancos. No caso de negativa, o titular também pode tentar a troca de instituição financeira ou, ainda, a portabilidade de financiamento. 

Ao pedir a portabilidade do financiamento, o novo banco escolhido quitará a dívida com o antigo banco, encerrando o contrato de financiamento e criando um novo. É aí que é possível negociar taxas mais baixas, sem alterar a quantidade de parcelas. Por

Antes de efetivar qualquer decisão nesse sentido, toda e qualquer ponderação é recomendada. Afinal, taxas financeiras como a Selic nunca são definitivas e estão em constantes oscilações, certo? 

Amortização, prazo total do financiamento, proteção do preço dos imóveis e relacionamento com a instituição financeira são alguns exemplos de fatores que não devem ser ignorados. 

Como está o cenário atual?  

Conforme o professor da FGV Sérgio Cano, o mercado imobiliário enfrentou uma de suas maiores recessões entre os anos de 2015 e 2017. Neste período, a crise econômica marcada por taxas de juro altas, renda baixa e alto desemprego diminuiu a demanda por imóveis.

Em 2018, no entanto, o setor viu fôlego para começar a se recuperar. A Selic iniciou um caminho de queda e bons resultados foram alcançados com compra e venda no ano de 2020. 

O que mudou no cenário com a pandemia? 

No começo de 2020, a pandemia chegou e afetou o setor de negócios e construções, paralisando obras e vendas. No entanto, meses depois o cenário observado foi outro: as pessoas começaram a passar mais tempo em casa e o descontentamento com o próprio imóvel subiu, alimentando o desejo por mudança. 

No segundo semestre de 2020, o mercado novamente foi aquecido — tanto pelo contexto de Selic baixa, como também por empreendimentos sendo negociados abaixo da inflação. 

Com isso, o começo de 2021 foi marcado por recuperação e boas vendas. Outro estímulo no primeiro semestre foi a tendência do home office definitivo, impulsionando a mudança de cidade e estado. 

Ainda em 2021, a inflação ficou acima do teto estabelecido pelo governo de maneira considerável. Ele mirou em 5,25% e “acertou” em 10,06% ao fim do período. Dessa forma, a taxa Selic também se viu obrigada a subir para conter o aumento, como já vimos ao longo deste artigo.

O que esperar a partir do segundo semestre de 2022? 

Apesar de o valor ser o mais alto em relação aos últimos seis anos, esse é também um indicativo de que o quadro inflacionário será menor ao longo de 2022. Mesmo assim, ainda beira o teto e está distante do centro da meta. 

De acordo com especialistas, as eleições presidenciais, os seguidos aumentos de combustível motivados por políticas externas e a incerteza ainda resultante da pandemia e mudanças climáticas também influenciam o quadro. 

O cenário também mostra que o valor do aluguel está igualmente em alta

É importante ter em mente que em um período de alta de bens e serviços como um todo, “passar imune” por ele é improvável. Por isso, para enfrentar a alta do preço dos imóveis independentemente do caminho que você decidir seguir, existem algumas dicas matadoras e que podem ajudar a economizar bastante.  

Como um seguro habitacional pode ajudar? 

Obrigatório e contratado junto ao financiamento (Lei 9.514, de 1997), ele representa mais uma garantia de que a sua operação financeira está protegida em períodos de incerteza.

Vamos entender o porquê? 

Reajuste monetário

O seguro habitacional, que já está incluso no valor que você paga pelo financiamento imobiliário, também sofre reajuste baseado na alta da inflação. Isso é o que chamamos reajuste monetário. 

O objetivo é exatamente manter o benefício compatível com o que foi obrigatoriamente contratado lá no começo do seu financiamento. Ou seja, ele protege o seu poder de compra desde o momento da contratação. 

Para entender é simples. Supondo que você fez um financiamento com um imóvel valendo X e com o passar dos anos ele começou a valer Y, ao invés de perder o seu poder de compra, a porcentagem do seguro é sempre associada ao preço dos imóveis atuais, fazendo com que você não saia perdendo.  

Dessa forma, até mesmo se você fosse vender o seu imóvel agora, com a alta dessas taxas é provável que você conseguiria vendê-lo por um valor mais alto do que quando comprou. 

O reajuste monetário do seguro habitacional acompanha essas altas e a própria tendência do preço dos imóveis.

Seu poder de compra em primeiro lugar 

Como vimos, em períodos como esse, o seguro habitacional é a garantia de que o valor investido no financiamento estará protegido. 

Simular financiamentos antes da compra em simuladores online como os da Caixa, BRB e Marinha do Brasil, por exemplo, pode ser uma estratégia certeira para saber qual seguro habitacional escolher para o seu financiamento, já que o poder de escolher um seguro mais vantajoso e cabe no bolso é todo seu!

Mas atenção: é sempre importante comparar as opções para que você realmente conheça suas coberturas e como o reajuste monetário é realizado, ok? 

Na Too Seguros você pode ficar tranquilo (a): todas as informações são sempre bem esclarecidas e seu poder de compra e venda de imóveis acompanham a inflação. 

Para se aprofundar mais no assunto, aproveite para conhecer as regras e condições gerais do seguro habitacional oferecido pela Too Seguros. 

A garantia de que seu imóvel financiado continuará pertencendo a você ou à sua família, caso algum imprevisto aconteça!
Quero negociar essa opção!
O Seguro Habitacional é contratado durante a compra de um imóvel por meio de financiamento bancário. Apesar de obrigatório (Lei 9.514 de 1997), o segurado tem o direito de escolher por meio de qual seguradora deseja contratá-lo.