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por Deborah Angelini 19 jul 2022 - 10 Min. de Leitura

A Selic é a taxa básica de juros nacional. Desde o ano passado, pudemos observar uma curva de aumento da taxa Selic. Apesar de gradativa, há expectativa de que ela se estabilize a partir das próximas reuniões, que acontecem a cada 45 dias. Neste artigo, vamos entender mais sobre essa taxa e como ela influencia o mercado imobiliário. 

A taxa Selic representa o índice básico de juros da nossa economia. Por isso, é certo dizer que ela influencia todas as demais taxas de juros, incluindo aquelas incidentes em operações de crédito, financiamentos, empréstimos e retornos em investimentos financeiros. 

A seguir, vamos entender mais sobre o aumento da taxa Selic e como ela pode influenciar o mercado imobiliário. 

O aumento da taxa selic e sua influência no mercado imobiliário 

É certo afirmar que o aumento da taxa Selic é motivado principalmente por uma razão: equilibrar a inflação. Sendo assim, quanto mais a inflação sobe, mais a Selic também é obrigada a subir para acompanhá-la. Em momentos de baixa e/ou estabilidade inflacionária, observa-se que a Selic também diminui. 

Sendo assim, um primeiro ponto para ter em mente é o seguinte: o aumento da taxa Selic é uma ferramenta legal e disponível que o governo tem para controlar a inflação. Isso sem ignorar a política monetária

Conforme acontece o aumento da taxa Selic, sobe também o custo das instituições financeiras para oferecer crédito. Este, por sua vez, é repassado para a população.

A conta é simples de entender. Pois, quanto mais sobe o preço da oferta, menor é o volume de venda. Com isso, o aumento da taxa Selic faz com que ela diminua o volume de crédito concedido. O reflexo disso você também já pode imaginar: desaceleração ou queda das atividades econômicas

Se o efeito afeta a economia como um todo, é certo de que o mercado imobiliário será uma das principais peças que sofrerão com seu aumento. 

Em um primeiro momento, o aumento da taxa Selic afeta o mercado imobiliário de maneira indireta. Isso porque a renda das famílias é afetada e, com a inflação às alturas, seu poder de compra é reduzido. 

Mas a taxa também reflete um dos principais indicativos de juros do mercado imobiliário. E neste caso, o impacto é direto. Veja a seguir.

O impacto do aumento da Selic no financiamento imobiliário

O financiamento imobiliário é uma operação de crédito concedida por instituições financeiras. Em sua maioria, bancos, certo? Com o aumento da taxa Selic, sabe-se que os bancos são pressionados a aumentar as taxas de juros cobradas em financiamentos imobiliários.

Com o crédito mais caro, a concessão diminui. E o mercado imobiliário, principalmente residencial, sofre os impactos de compra e venda reduzidas. 

Em suma, o ciclo é o seguinte: 

  • Aumento na taxa Selic: aumento nas taxas atreladas à concessão de financiamento e diminuição na quantidade de operações de compra e venda de imóveis; 
  • Diminuição na taxa Selic: queda em taxas e juros associados aos financiamentos e cresce a quantidade de operações de compra e venda de imóveis.  

Quem decide esse valor?

O aumento da taxa Selic é determinado pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Centra)l. A cúpula do comitê se reúne a cada 45 dias para analisar o cenário econômico. Em seguida, eles devem decidir se a Selic é mantida, se aumenta ou diminui. 

O boletim Focus, por sua vez, é um relatório que pode ajudar os interessados a se manterem atualizados sobre as tendências econômicas. 

Isso porque ele reúne, semanalmente, as mais importantes informações sobre as expectativas do mercado econômico e financeiro. Ele é um documento oficial produzido a partir de dados coletados pelo Sistema de Expectativas de Mercado, divulgado pelo Banco Central.  

Taxa Selic hoje 

A taxa Selic hoje está em 13,25% ao ano. Sua última definição foi em reunião do Copom em 15 de junho de 2022. Antes disso, ela estava em 12,75%. Esse é o mais alto patamar do índice de juros registrado desde janeiro de 2017, quando ela estava em 13,75%. 

O aumento também representa a décima primeira alta consecutiva da Selic. Há previsão, inclusive, de que ela atinja novamente 13,75% na próxima reunião do grupo, nos dias 2 e 3 de agosto.

Para acompanhar a expectativa do mercado financeiro sobre esse e demais assuntos, você pode acompanhar o Boletim Focus, divulgado semanalmente todas às sextas, às 9h.  

Compra de imóvel à vista 

Com o aumento na Selic, o cenário é positivo para quem tem poder de compra para investir em imóveis e/ou comprar à vista, mesmo que essa seja a realidade de poucas pessoas no país. 

Isso porque os financiamentos de imóvel e empréstimos, no geral, estão com as taxas elevadas. Ciente disso, os proprietários de imóveis que estão vendendo e as próprias construtoras podem adotar uma estratégia reversa. Reduzir os valores de modo a estimular um crescimento nas vendas. 

Assim, quem tem poder de compra para fechar negócio à vista, o momento é favorável. Tanto para encontrar imóveis com valor atrativo como pela oportunidade de garantir um desconto ainda maior pagando à vista. Se a ideia é comprar para investimento, você pode esperar a valorização de imóvel e estabilização das taxas de juros para revendê-lo. 

Lembrando que com a alta na Selic, é interessante para os investidores ter dinheiro em mãos. Sendo assim, muitos estão disponibilizando interessantes oportunidades neste momento. 

Cuidados para financiar um imóvel 

Apesar do aumento da taxa Selic, caso você decida que esse é o momento de financiar, confira abaixo alguns cuidados que devem auxiliá-lo.  

Tenha um planejamento

Coloque tudo (literalmente) no papel. Comece analisando sua renda e de sua família para um planejamento financeiro realmente completo. Em seguida, anote gastos fixos e variáveis e estabeleça metas de economia para que seja possível assumir o financiamento sem grandes apertos. 

Especialistas afirmam que o ideal é que o financiamento não ultrapasse 30% dos seus rendimentos e/ou da família.  

Fique atento aos custos adicionais

Os custos adicionais de um eventual financiamento imobiliário também não devem ser ignorados. São exemplos: 

  • Despesas de cartório; 
  • ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis);
  • Avaliação jurídica dos documentos;
  • Avaliação do imóvel;
  • Outros. 

Faça a escolha certa do imóvel

Comprar um imóvel é uma grande decisão. Por isso, antes de tomá-la, considere vários fatores. 

A casa ou apartamento é compatível com o seu estilo de vida? E ao seu orçamento? Ele é próximo dos estabelecimentos comerciais que você frequenta? De escolas, meios de transporte, do trabalho?

Responda tudo isso antes de efetivar a compra.  

Pesquise

Pesquise e compare. Cada instituição financeira conta com as suas próprias taxas de financiamento. Por isso, essa é uma escolha que exige paciência e muita atenção.

Lembre-se também de sempre comparar o CET (Custo Total Efetivo). Além de analisar se a taxa de juros contratada é fixada ou está associada a algum indicador, como o IPCA, por exemplo.

Simule o financiamento

Para você que está pensando em financiar seu imóvel, uma sugestão é simular financiamentos antes da compra. 

A Caixa, BRB e Marinha do Brasil são exemplos de bancos que contam com simuladores on-line. Nesse momento você também pode escolher o seguro habitacional para acompanhar o seu financiamento, que é obrigatório. Com isso, o poder de escolha de um seguro mais vantajoso e que caiba no bolso é todo seu! 

Não ignore a escolha do seguro habitacional

Em períodos de aumento da taxa Selic e inflação às alturas, o seguro habitacional é uma garantia de proteção ao valor investido no financiamento. 

Mas atenção: é sempre importante comparar as opções para que você realmente conheça suas coberturas e como o reajuste monetário é realizado, ok? 

Na Too Seguros você pode ficar tranquilo (a). Todas as informações são sempre bem esclarecidas e seu poder de compra e venda de imóveis acompanham a inflação. Para se aprofundar mais no assunto, aproveite para conhecer as regras e condições gerais do seguro habitacional oferecido pela Too Seguros.

O Seguro Habitacional é contratado durante a compra de um imóvel por meio de financiamento bancário. Apesar de obrigatório (Lei 9.514 de 1997), o segurado tem o direito de escolher por meio de qual seguradora deseja contratá-lo.
Saiba mais!